Nem sempre o mau desempenho penaliza!

14-12-2013 22:34

É verdade e os exemplos em Portugal não são tão raros como poderia pensar-se. Eis alguns casos:

Guterres demitiu-se do cargo de primeiro-ministro em resultado da derrota nas eleições autárquicas e tornou-se alto-comissário das nações unidas para os refugiados; Barroso, após a fotografia das Lages, que rampeou o lançamento da Guerra das tropas multinacionais contra o Iraque, e com a derrota nas eleições europeias, demitiu-se da governação e foi eleito presidente da comissão europeia; Constâncio, com a instituição que liderava a não dar conta do descalabro do BPN e do BPP, passou a ocupar a vice-governação do Banco Central Europeu; recentemente, o demitido diretor nacional da PSP pela ambiguidade da sua ação frente à escalada da escadaria do Parlamento pelos manifestantes policiais vai ocupar um cargo em Paris, pelos vistos criado para si próprio e com um vencimento muito significativamente superior ao auferido na direção da polícia.

Estes são os casos públicos de que me recordo. E quantos não têm enxameado os gabinetes ministeriais estribados num percurso académico sofrível e/ou numa experiência profissional diminuta ou balofa! Mas o reino do agora denominado capital de relação (antes, chama-se cunha) promove gente medíocre a especialista. E quem sabe disso tem de se calar porque lhe pode ser dito que não é nada consigo e que, se repetir, pode haver-se com procedimento em conformidade.

Quantos casos não se registam na atividade empresarial e na política de promoções de Peter e/ou de esfoliação hierárquica?!

Depois, exige-se sacrifício aos outros e pede-se-lhes seriedade e apregoa-se a meritocracia e a transparência...