Supressão de quatro feriados

06-12-2013 00:02
Já levámos com a supressão de quatro feriados ao longo deste ano civil e, de entre os quatro, três dos suprimidos caíam no primeiro período escolar. Nem alunos nem professores têm o tempo pedagógico para respirar em meio da jornada. O calendário escolar continua a determinar que as aulas, depois de começarem, não podem ser interrompidas a não ser nos momentos previstos. Devemos ser dos poucos países que têm um período escolar  (13-16 de setembro a 17 de dezembro) sem  o respiro pedagógico, para descanso, que é necessário, e avaliação intercalar serena (e não aquela em tempo pós-laboral ou por telegrama em papel).
A troika deve estar contente porque Portugal lhe fez a vontade, com o apoio claro da Santa Sé. Por isso, é que nos tem feito todos os favores que lhe pedimos.
Também a economia portuguesa não para de crescer. Temos ganha a batalha da produção e da competitividade. O milagre económico está à vista, sem ter havido necessidade de reforçar a qualificação dos recursos humanos. Bastou abolir quatro feriados (os portugueses perdiam demasiado tempo na missa e na praia), decretar uma prova para avaliar professores, cortar nos salários, reduzir os materiais e mandar-nos trabalhar 40 horas.
Os governantes transformaram-se em falsos advogados (mentem), falsos empreiteiros (faltam com os materiais), falsos sentinelas (deixam que nos roubem tudo) e bons perdulários (vendem tudo ao desbarato e deitam tudo a perder). Que mais aí virá?!